Na sua essência, o balanço de uma empresa reflete as principais opções de financiamento que
a empresa dispõe a cada momento.
Seja através do capital próprio ou do capital alheio, através de soluções sustentadas no Ativo
da empresa ou por oposição suportadas no Passivo, as opções dependem essencialmente da
estratégia que a empresa quer seguir e das possibilidades realistas que a cada momento se
apresentam no mercado.
Os instrumentos de Engenharia Financeira disponíveis têm vindo a diversificar-se, assim como
o conhecimento que as empresas têm desses instrumentos. Desde um simples aumento de
capital, à emissão de obrigações, soluções de sale & leaseback, o factoring, um simples
financiamento com hipoteca de garantias reais, uma titularização de créditos ou a venda a
desconto de passivos sem performance tudo depende do caminho que se pretende trilhar.
Na prática a adoção de uma ou outra solução depende da estrutura do balanço que os
gestores têm ao seu dispor com retornos substancialmente distintos e efeitos potencialmente
nefastos junto do stakeholder impactado.
A razão da necessidade do financiamento (vulgo estratégia da empresa) levará a soluções
distintas. Processos de investimento e com um Balanço robusto permitirão opções mais
assentes do lado do Ativo enquanto que soluções de turnaround e com Balanços mais
desequilibrados tendem a estar mais suportadas do lado do Passivo.
A maioria das empresas do tecido empresarial português encontra-se num limbo entre os dois
extremos, em clara melhoria face aos últimos anos de crise e precisam de preparar os próximo
passos no seu processo de crescimento